A nova era dos veículos elétricos e híbridos no Brasil está prestes a ganhar um impulso significativo com a chegada da GAC (Grupo Automotivo de Guangzhou). Com planos ambiciosos para 2026, a GAC se prepara para impactar profundamente o mercado brasileiro de automóveis. Neste artigo, exploraremos o contexto do setor, as expectativas em torno da produção de veículos da GAC e as implicações para os consumidores e para a indústria automotiva local.
A GAC, que recentemente fez sua estreia no Brasil, já tem se mostrado uma força a ser reconhecida. Durante um evento recente, a empresa não apenas apresentou suas ofertas de veículos, como também anunciou um aumento substancial em seus investimentos no país. De um aporte inicial de US$ 1 bilhão, os planos agora incluem um total de US$ 1,3 bilhão até o final de 2024. Essa injeção de capital não apenas indica a confiança da GAC no potencial do mercado brasileiro, mas também sinaliza que a empresa está se preparando para um crescimento robusto.
Chinesa GAC vai produzir carros elétricos e híbridos no Brasil em 2026
A confirmação da GAC de que irá estabelecer operações de produção local é um passo crucial. O executivo da GAC, Wei, mencionou que ainda está sendo estudada a melhor forma de se juntar ao mercado produtivo brasileiro. Duas opções estão sendo consideradas: a construção de uma nova fábrica ou uma parceria com uma fabricante já estabelecida. A visita do presidente Lula à China, onde se reuniram com a alta cúpula da GAC, sugere que a relação entre os dois países está forte, o que pode facilitar a entrada da GAC no mercado brasileiro.
Ainda que os detalhes sobre o local exato da produção e o formato da parceria não tenham sido totalmente revelados, é interessante notar que a GAC poderá utilizar as instalações da HPE, que já opera em Catalão (GO). Este pode ser um movimento estratégico, dado que HPE é uma representante da Mitsubishi no Brasil e já possui a infraestrutura necessária para iniciar a produção de veículos. Existem também discussões em torno dos modelos de produção que serão adotados. O termo CKD (Completely Knocked Down) refere-se à chegada de peças montadas que serão montadas localmente, enquanto o SKD (Semi Knocked Down) implica que os veículos chegam quase prontos do exterior.
Os modelos eleitorais, como o Aion Y e o Aion V, e o hibrido SUV GS4, têm gerado grande expectativa no mercado. A introdução desses veículos permitirá que a GAC crie uma base sólida de consumidores interessados em veículos sustentáveis e de tecnologia avançada.
Expansão da rede e vendas da GAC
Enquanto a GAC finalize planos para sua instalação produtiva, a empresa seguirá operando como importadora. Para mitigar o impacto da alta esperada nos impostos sobre veículos elétricos e híbridos, a marca adotou uma estratégia semelhante à da BYD, antecipando-se às mudanças fiscais que podem afetar o preço dos carros. Até o fim do ano, espera-se que a GAC importe mais de 6.000 a 8.000 unidades, com o GS4 se destacando como o modelo mais popular entre os consumidores.
A projeção para 2026 é ambiciosa, com a meta de vender aproximadamente 30.000 veículos. Para alcançar esse número, a GAC planeja expandir sua rede de concessionários, aumentando de 83 para 170 pontos de venda até o final de 2026. Essa expansão é crucial, pois facilitará o acesso dos consumidores aos produtos da GAC e aumentará a visibilidade da marca no competitivo mercado brasileiro.
Mais lançamentos em 2025
Olhando para o futuro imediato, a marca pretende lançar novos modelos já em 2025. Há especulações de que a GAC trará o hatch compacto elétrico Aion UT ao Brasil, que poderia se tornar um forte concorrente ao popular BYD Dolphin. Além disso, espera-se que um SUV maior, o GS8, faça sua entrada no mercado, proporcionando opções diversificadas para os consumidores brasileiros.
Perguntas frequentes
Qual é a previsão de início da produção da GAC no Brasil?
A produção está prevista para começar em 2026, mas detalhes específicos ainda estão sendo finalizados.
Quais modelos a GAC lançará no Brasil?
Os primeiros modelos incluem o Aion Y, Aion V e o SUV híbrido GS4, com novos lançamentos esperados para 2025.
Como a GAC se prepara para a alta dos impostos sobre veículos elétricos?
A empresa adotará uma estratégia de importação para evitar a alta nos preços devido ao aumento dos impostos.
Onde a GAC poderá produzir seus veículos?
A GAC está considerando construir uma nova fábrica ou utilizar as instalações da HPE em Catalão (GO).
Qual é a meta de vendas da GAC para o primeiro ano operacional?
A meta é vender entre 6.000 e 8.000 veículos até o final de 2024.
Como a GAC pretende expandir sua rede de concessionários?
A empresa planeja aumentar sua rede de 83 para 170 concessionárias até o final de 2026.
Conclusão
A entrada da GAC no mercado brasileiro representa uma mudança significativa no cenário automotivo do país. Com seus planos estruturados para a produção local e a introdução de veículos elétricos e híbridos, a empresa está posicionada para fazer parte da nova onda de mobilidade sustentável. Além das expectativas em relação à qualidade e tecnologia de seus veículos, a GAC também promete um crescimento notável na infraestrutura local, o que beneficiará tanto consumidores quanto a indústria automotiva brasileira.
O futuro parece promissor com a GAC traçando estratégias claras para não apenas competir, mas também para inovar. Ao proporcionar alternativas de mobilidade que são não apenas eficientes, mas também ecologicamente corretas, a GAC está se preparando para liderar a transformação que o Brasil tanto precisa.
